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Para comemorar os 20 anos de atuação, o Banco da Família (BF) reuniu convidados e parceiros da instituição, na noite de quinta-feira (25), no Clube Serrano, em Lages. O evento, lançou o livro: “Impacto social – lucro para todos” que conta a trajetória do banco.
O BF atende essa necessidade e vai além, pois a empresa especializada em avaliação de desempenho e risco, a MicroRate, com sede em Washington (EUA), atesta que o banco é a melhor instituição de microfinanças do Brasil e ocupa o quarto lugar no cenário composto por instituições de microfinanças da América Latina e Caribe.
Os números do banco surpreendem, são 18,5 mil clientes ativos, sendo que 38,29% das operações foram para os empreendedores do microcrédito e 23,29% foram utilizados para reformas. Em duas décadas de existência, o BF já emprestou mais R$ 720 milhões para as pessoas empreenderem, quitarem dívidas, construírem ou reformarem a casa própria ou para outro tipo de ação. Hoje, trabalham na instituição 147 colaboradores, distribuídos em agências de 80 municípios localizadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
A presidente do BF, Isabel Baggio, frisa que o mundo das microfinanças no Brasil é bem desassistido, portanto, a instituição tem como uma das metas abranger cada vez mais municípios do Sul do País. “Os 20 anos nos deram muita experiência, temos sido inovadores em muitos produtos no Brasil, como financiamento de casa de madeira, saneamento básico e reforma dos entornos das residências. Sabemos que as pessoas precisam de crédito para várias situações, então estamos cada vez mais preparados para isso. Vamos continuar seguindo nosso DNA, que é inovação, tecnologia e pioneirismo”.
O Badesc é uma das fontes de recursos para o BF. O diretor de operações do banco, Olívio Karasek Rocha, avalia o crescimento desses 20 anos como fantástico, pois se tornou referência no Brasil e no exterior. “Nossa parceria vem desde o início, repassamos os recursos para que possam fazer os empréstimos, mas hoje o Banco da Família consegue fundos até fora do Badesc, através do BNDES ou com dinheiro próprio, isso nos causa muito orgulho”.
Integrante do Conselho Fiscal do BF e conhecendo bem a trajetória do banco, pois já foi diretor, Humberto Arantes, avalia como essencial a existência de uma instituição que faça empréstimos para pequenos negócios. “O banco cria um impacto econômico altamente positivo, nessas duas décadas foram atendidos mais de 18 mil clientes, aportando mais de R$ 720 milhões”.
Desde 2012, Noredin Manoel Pereira, 56 anos é cliente do Banco da Família. Ele procurou a instituição com o objetivo de criar o negócio próprio e ter melhores condições de vida. Lembra que na época procurou várias instituições financeiras, mas se assustou com os valores dos juros. Quando chegou no BF, se surpreendeu com os juros baixos e decidiu comprar carrinhos de picolé e algodão doce.
Aos poucos, ele foi quitando e fazendo mais empréstimos. Hoje, consegue sustentar sua família e emprega mais quatro pessoas. Ele tem quatro carrinhos de picolé e uma máquina de algodão doce. “Percorro os bairros de Lages e os outros carrinhos vão para outros municípios. Pretendo fazer outro empréstimo para ampliar meu negócio no ano que vem, pois minha ideia é abrir uma sorveteria”.